Soluções Parque Linear Multifuncional Capítulos Descrição Geral Governança: Quem faz a gestão? Características técnicas Condições e etapas para implementação Custos de implantação e manutenção Recomendações e pontos de atenção Referências e materiais de consulta Características técnicas Os parques lineares ganham este nome porque, geralmente, têm o comprimento maior que a largura, formando assim uma “linha” de área verde que acompanha trajetos de cursos d’água, como rios e córregos. Quanto à delimitação de seus espaços, eles podem ser abertos, contínuos à cidade, ou terem áreas bem demarcadas, fechadas com portões ou cercas, conforme a necessidade de garantir segurança e otimizar a gestão. Não há especificação mínima nem máxima quanto ao tamanho dos parques lineares. A literatura existente traz diversas definições que, porém, mudam muito com o tempo. De modo geral, eles são espaços públicos de dimensões significativas com a predominância de elementos naturais, que frequentemente oferecem mais funções e combinam vários usos. Espaços verdes menores com características similares, são frequentemente denominadas de praças e pocket parks, entre outros termos específicos. Em função de sua localização e da composição urbanística e ambiental, estes parques podem ter tipologias diferenciadas, que privilegiam com maior intensidade uma ou mais de suas funções – por exemplo, a intensa implantação de equipamentos e espaços de lazer e sociabilidade ou a priorização da preservação ambiental com menor usos de equipamentos. Como propostas orientativas – e não legalmente previstas – as tipologias podem atravessar minimamente três zonas [42]: Área core, coincidente com a Área de Preservação Permanente – APP, definida pela legislação vigente;Zona de amortecimento, como área de transição entre a área core e a zona equipada;Zona equipada, para a instalação de equipamentos de lazer. Estrutura e equipamentos Como o parque linear é feito para atender às necessidades da região onde será implantado, cada projeto apresenta características específicas relacionadas ao local. Mesmo assim, é possível observar elementos frequentemente presentes na maioria deles: Infraestrutura natural Curso d’água e sua mata ciliarReservatório/lagoÁrea vegetada para controle de cheias e inundaçõesRede de drenagem, como canaletas ou valas gramadasÁreas naturais com vegetação nativaArborização, gramados e canteiros paisagísticosSistema natural de limpeza e tratamento da água, entre outros Infraestrutura cinza Rede de drenagem das águas pluviaisIluminação públicaCiclovia e caminho para pedestresQuadras poliesportivasBarramento e dissipadores de energia (da água) para altas declividades (pode ter geração de energia elétrica)Pontes de acessoSanitários públicosMobiliário urbano e demais edificações de uso público Dependendo do seu uso, podem contar também com outras estruturas e equipamentos, tais como: anfiteatro, pavilhões de exposição, herbanário, prédio de serviço, brinquedos infantis, equipamento de ginástica, prédio de administração, interceptores de esgoto etc. Figura 3.5 A – Design e estrutura de um Parque Linear e Multifuncional Exemplo do Parque Barigui, Curitiba-PR (Fonte: IPPUC) AnteriorGovernança: Quem faz a gestão? PróximoCondições e etapas para implementação