Governança: Quem faz a gestão?

Os alagados construídos podem ser implementados em locais públicos ou privados. Quando adotados em áreas públicas, estão sob responsabilidade do poder executivo municipal, sendo que a incumbência pode ser compartilhada com outros atores ou partes interessadas.

Na perspectiva do planejamento participativo e da coesão social, o envolvimento da comunidade local no planejamento, na construção e na manutenção é muito recomendado, pois tende a gerar o sentimento de pertencimento, a estimular a construção de novos sistemas e a inibir o vandalismo. No entanto, deve-se ter cuidado, pois intervenções feitas sem conhecimento técnico – como a troca de espécies da vegetação, a substituição de materiais, entre outras – podem prejudicar o funcionamento do sistema, bem como afetar sua função estética.

Nesse sentido, uma boa maneira de engajar o público é apresentar as propostas – de preferência na fase de concepção do projeto – à comunidade em um evento de consulta que pode, inclusive, ser realizado no próprio local do futuro jardim filtrante. Anunciar o evento em mídias populares e manter um clima de reunião de amigos pode envolver usuários – no caso de ser destinado a uso público – que normalmente não compareceriam a reuniões formais [37].

Outras partes interessadas que precisarão ser consultadas incluem a companhia de água local; os proprietários de terras adjacentes; o poder público local, incluindo diferentes departamentos; parceiros para captação de recursos; e instituições como ONGs e universidades.